
...E um dia ele volta àquela cidade, onde tudo começou, passa pelas ruas onde parte de sua vida ainda está lá. Suspira ao ver a casa onde passava os fins de tarde da sua infância. Ele sente a falta de quem já não pode voltar e de quem talvez já não sinta a sua. Saudades de todos aqueles momentos que só ficaram como lembranças. Saudade daquele banco onde se sentava e ficava balançando as pernas de tão pequeno que ele era, das árvores onde costumava subir em todas aquelas tardes. Saudade das noites de natais e fins de ano, que não são mais iguais e tão pouco especiais, as histórias que ele amava ouvir, e que agora não ouve mais, os abraços e sorrisos.
Desejava que aquele tempo jamais passasse, queria congelar aquela vida para não ter que se despedir de quem ama. O tempo não parou.
Ele corre, sorrir, finge felicidade para tentar esquecer a dor da saudade. O ano vai chegando ao fim, e toda aquela nostalgia mais uma vez o toma de conta... mas ele já esteve mais longe, talvez agora consiga achar o que tanto esquadrinhava, e enfim, viver...